
Comitê Estadual de Saúde apresenta ações integradas do programa Vida no Trânsito

O Comitê Estadual do Fórum da Judicialização da Saúde apresentou relatório das ações integradas do programa ‘Vida no Trânsito’. Os números foram divulgados, na manhã desta segunda-feira (12), no auditório da Escola Superior da Magistratura (ESMA). Conforme as estatísticas divulgadas, 80% dos óbitos ocorridos nos seis primeiros meses de 2016, em João Pessoa, são do sexo masculino.
Ainda de acordo com os dados, dos dois hospitais de trauma da Capital foi constatado um grande número de jovens, entre 15 e 30 anos, que perdem a vida ou ficam com alguma seqüela permanente devido a acidentes com motocicleta. Os meses de março e maio apresentaram as maiores ocorrências, e as ruas com grande número de acidentes foram: Epitácio Pessoa, Cruz das Armas e Avenida Hilton Souto Maior.
“Estamos reunindo os diversos atores sociais, tanto no aspecto de educação e formação, como também de fiscalização e repressão, com o propósito de unir esforços e que cada instituição possa dar sua colaboração para reduzir esses altos índices de acidentes, envolvendo, sobretudo, jovens/homens com moto”, disse o coordenador do Comitê Estadual e acadêmico da Escola, juiz Marcos Coelho Salles.
Para o magistrado, apenas vigiar e punir não são suficientes para reduzir o elevado número de acidentes, com usuários de motos. “É preciso um processo pedagógico dos órgãos junto as escolas, informando os jovens, e assim possamos superar essas expectativas tão negativa, que as estatísticas revelam.”
Também presente ao encontro, a secretaria de Saúde do Estado, Roberta Abath, ressaltou “que estamos diante de um dos maiores problema de saúde pública do país, que é a morte de usuários de motocicleta”, ficando apenas atrás dos óbitos cardiovasculares e neoplasias.
“Não tenho dúvida de afirmar que o trauma de moto, se não tivermos uma ação ofensiva no caráter de prevenção, constituirá no maior problema de saúde pública do Brasil.”. Ela, ainda, observou que os acidentes com motocicleta ocupa 51% das internações dos centros de trauma, tanto na Paraíba quanto em outros estados, o que leva a uma diminuição da população entre adulto/jovem.
“Essas conseqüências já são sentidas hoje, mas podem ainda ser mais devastadora daqui a uma década”, observou Roberta Abath.
Para o superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PB), Agamenon Vieira da Silva, um dos motivos do elevado número de morte no trânsito é a falta da utilização de capacetes pelos condutores e passageiros. “A sociedade está sendo dilacerada, devido ao elevado número de acidente com motocicleta.”.
Por Marcus Vinícius