
“Política da Ordem, sim, politicagem não”, adverte vice-presidente da OAB-CG

O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na cidade de Campina Grande, Bruno Cézar Cadé, emitiu nota à imprensa, onde considera ilegítima “nota de repúdio” distribuída pelo presidente daquela Subseção, Jairo Oliveira, à substituição do advogado Alberto Jorge na vice-direção da Escola Superior de Advocacia.
Segundo Bruno, a nota, desrespeitosa e politicamente teleguiada por um grupo de oposição ao presidente da Seccional paraibana, Paulo Maia, não traduz o sentimento da categoria naquela cidade, “que sabe muito bem identificar entre a política de Ordem e a política do grito”.
Ele esclareceu que os atos de nomeação e exoneração para cargos da OAB competem ao presidente da Seccional, Paulo Maia e que nesse contexto, a exoneração de Alberto Jorge da vice-direção da ESA faz parte de reestruturação administrativa anteriormente iniciada com a substituição de outros membros da Escola.
Bruno lembrou que a atual representação de Campina Grande na OAB estadual é uma das maiores, senão a maior, até então inexistente na história da ordem paraibana: um diretor da Seccional, dois conselheiros federais, dez conselheiros estaduais, o vice-presidente da Caixa de Assistência, o vice-diretor da ESA, além de três membros no Tribunal no Tribunal de Ética. Ademais, recentemente, a Subseção teve seu orçamento duplicado.
Por fim, Bruno destacou o silêncio sepulcral do presidente da Subseção, Jairo Oliveira, diante da retirada, pela Caixa de Assistência, de dois computadores e dois scanners da Sala destinada aos advogados em Campina Grande. “Ora, se isto não for politicagem e vinculação subserviente ao grupo opositor a Paulo Maia, não sei mais o que é”, arrematou.
Confira a nota na íntegra :
Política da Ordem, sim, politicagem não
Acredito que alguns colegas tenham conhecimento de que estou temporariamente afastado das minhas atividades em virtude de uma cirurgia no tendão esquerdo; contudo, meu período de recuperação se viu afetado frente aos burburinhos quanto à saída da ESA do advogado Alberto Jorge, que, também acredito, muitos tomaram conhecimento.
Inicio este Manifesto com a seguinte frase: Não preciso que ninguém coloque frases em minha boca afirmando isto ou aquilo, quando eu notar que preciso e quando for necessário eu me manifestarei! Assim, como faço no dia de hoje.
Não reputo legítimo, muito pelo contrário, que o presidente Jairo tenha emitido nota de repúdio em nome da OAB de Campina Grande, mencionando que todos da diretoria pensam da mesma forma.
Primeiro porque não fui procurado; segundo, porque não comungo de forma alguma do pensamento lançado naquela nota.
Embora saiba que de um ferreiro não possa sair uma ferramenta de madeira, acreditava que a sanha política de alguns diretores havia sido diminuída, mas, no caso, ela nem sequer foi disfarçada.
O presidente Paulo Maia, e não o “Senhor Paulo”, como o presidente Jairo se refere com desdém e desrespeito ao nosso presidente secional, é um honrado advogado militante que muito orgulha a nossa classe. Quem assim duvidar, basta recordar dos discursos do presidente Jairo na campanha passada. Cheguei a acreditar que a conveniência presente não pudesse fazer com que uma pessoa mudasse de opinião tão facilmente.
Nota de repúdio teleguiada
Sobre a nota de repúdio, achei-a muito afetada e servil, na verdade politicamente teleguiada, não fosse a verdadeira motivação que está por trás dela, e, assim, passo sobre ela a me manifestar.
Não sei se todos sabem, mas o cargo de Alberto Jorge é de livre nomeação do presidente da seccional, não havendo, portanto, necessária justificativa nem para a nomeação nem para a exoneração. Apesar disso, o presidente Paulo Maia, ordeiro e pacato cidadão, convocou o colega Alberto Jorge para explicar os motivos da decisão, basta ver conteúdo sóbrio da nota veiculada no site da OAB.
Ademais, calha informar que outros diretores da mesma instituição ESA Paraíba foram substituídos, confirmando assim o dito pelo presidente Paulo Maia de que estava de fato fazendo uma reestruturação administrativa.
Tentativas frustradas
Já por aí se mostrou totalmente exagerada a nota do “companheiro” Jairo Oliveira, quando, afora a tentativa de vitimizar o exonerado Alberto Jorge, tenta convocar, mas sem sucesso, a advocacia de Campina Grande contra Paulo Maia.
Quem me conhece sabe que não sou homem que se faz de vítima em nenhuma situação e, portanto, esperava que as pessoas que “me representavam” tivessem também esse comportamento.
Não, “companheiro” Jairo Oliveira, o presidente Paulo Maia não está, nem nunca esteve contra Campina Grande, basta ver a informação do ultimo Colégio de Presidentes, em que estive presente, no qual o valor do duodécimo de Campina Grande – leia-se repasse mensal da OAB-PB para a OAB (Campina Grande) – foi duplicado. Se nosso presidente quisesse de fato atingir a advocacia da minha querida Rainha da Borborema, teria concordado em submeter ao Conselho Seccional o aumento do nosso duodécimo?
Não compreendi, quando ouvi a manifestação do colega Alberto Jorge, se fazendo de vítima, atirando farpas contra o presidente Paulo Maia, pois não esqueci que ele foi de gestão anterior, em companhia de Carlos Fábio, mas nunca lutou para aumentar o repasse para Campina Grande e com isto proporcionar maiores ações da OAB Campina Grande.
Vinculação subserviente à oposição
Assim como não posso esquecer, não faz um mês que, após a visita de Paulo Maia à sala do advogado existente no Fórum de Campina Grande – a Caixa de Assistência retirou sem explicação dois computadores e dois scanners daquela sala. Logo o órgão que se alimenta de repasse das anuidades de todos os advogados da Paraíba, e que leva o belo nome de “Assistência”, retira computadores das salas destinadas aos advogados da minha querida Campina Grande. E o “companheiro Jairo”? Este quedou-se inerte. Ora, se isto não for politicagem e vinculação subserviente ao grupo opositor a Paulo Maia, não sei mais o que é.
Aliás, quando Paulo Maia lembrou ao Presidente JAIRO que as reclamações da Ordem ao TJ, STF e CNJ para correções de assuntos de natureza estaduais deviam ser veiculados pela Seccional, ele não só disse, de forma rude, que não precisava de permissão da Seccional para se relacionar com os poderes constituídos mesmo que fora do território da Subseção, mas praticamente rompeu com Paulo Maia, ao ameaçá-lo de que, se Paulo não se filiasse a tal pensamento, “não caminhariam juntos”. Na verdade, afirmou, noutras assertivas, que o Presidente Paulo Maia, que representa a OAB Estadual, deveria seguir a orientação “por ele adotada no caso, se quisesse ser dele aliado”.
Extrapolação de competência
Tratava-se sim de uma posição autoritária, que agora se revela com maior desproporção, pois emite uma Nota atacando não só a pessoa de Paulo Maia, mas a própria democracia que tanto vem defendendo, uma vez que o Presidente da OAB Estadual não fez mais do que a lei lhe faculta, isto é, a emissão de um ato administrativo normal em qualquer administração, e dentro de sua competência, diferente de Jairo Oliveira que extrapolou a sua, oficiando e postulando aos poderes constituídos em nome da Ordem fora do território vinculado à Subseção e, além disso, ameaçando sem necessidade o Presidente da Ordem Estadual caso este não seguisse sua opinião sobre aquela questão.
E antes que se mencione que fui contra estas ações, afirmo que não sou contra elas, mas contra a forma utilizada, posto que existem núcleos próprios dentro da seccional, que certamente poderiam ter contribuído para o êxito das ações, ao revés do que fora observado.
Voz isolada
Na Nota, o Presidente Jairo tenta desdenhar o Presidente da OAB, chamando-o de “Senhor Paulo”, num discurso desrespeitoso que também usurpa a liberdade de expressão da advocacia campinense, que sabe muito bem identificar entre a política de Ordem e a política do grito. Ninguém é tão inocente para não perceber que o Presidente Jairo não fala em nome de Campina, mas de um pequeno Grupo que o domina e a ele dita as “regras políticas” que vem sendo por ele seguidas. Não somos meninos para não perceber que o Presidente Jairo não tem pulso, está vinculado ao Grupo de Carlos Fábio, Presidente da Caixa de Assistência, representado em Campina, principalmente, por Alberto Jorge (primo de Carlos Fábio), e Orlando Virgínio Penha (Vice-presidente da Caixa e escudeiro de Carlos Fábio).
Não seria no mínimo ingenuidade acreditar que Alberto Jorge e Orlando, logo eles (um primo, o outro escudeiro do Presidente da Caixa) “ignorarem” a existência do rompimento de Carlos Fábio com Paulo Maia? Aliás, é bom que se diga que eles vinham se utilizando em Campina da estratégia de negar o rompimento para com essa astúcia atrair para seu Grupo colegas que acompanham Paulo Maia.
A queda da máscara
A máscara caiu. É claro que todos eles querem atacar Paulo Maia para angariar rendimentos políticos para 2018, cuja campanha eles mesmos iniciaram desde o primeiro dia da gestão, e que isso já ficou claro em julho do ano passado, quando o Vice-Presidente da Caixa, Orlando Virgínio Penha, foi flagrado, em Patos, falando mal de Paulo Maia e conclamando a todos que se unissem em favor de Raoni, Rogério Cabral e Tainá, integrantes da Diretoria da Seccional, que são vinculados a Carlos Fábio, bastando observar as agressões midiáticas que eles, à exceção de Rogério Cabral, vem fazendo de forma impiedosa contra o Presidente Paulo Maia.
Esse quadro ora desenhado demonstra as verdadeiras razões pelas quais o Presidente Jairo ataca Paulo Maia: está a serviço de um grupo golpista por natureza, como disse Carlos Frederico. Para isso, seus integrantes tentam iludir a todos, declarando que houve desprezo a Campina por parte de Paulo Maia.
Representação campinense
Em Nota, o próprio Paulo lembrou que “a atual representação de Campina Grande na OAB estadual é uma das maiores, senão a maior, até então inexistente na história da ordem paraibana: um diretor da Seccional, dois conselheiros federais, dez conselheiros estaduais, o vice-presidente da Caixa de Assistência, o vice-diretor da ESA, além de três membros no Tribunal no Tribunal de Ética.” Lembrou o Presidente, que a instalação do Conselho da Subseção de Campina Grande ocorreu em sua gestão, dando ainda a notícia alvissareira para toda advocacia campinense que será feita a duplicação do repasse do duodécimo para Campina Grande.
A advocacia de Campina não será iludida com um discurso que pretende confundi-la, apoiado unicamente em interesses politiqueiros. Paulo Maia tem trabalhado incansavelmente pela advocacia da Paraíba, com independência e coragem nunca vistas antes, e mesmo sabendo que o presidente Jairo, candidato à reeleição (tendo como vice a esposa de Orlando), foi, é e será seu adversário, dada sua subserviente vinculação com o grupo de Carlos Fábio e sua estranha submissão a Orlando Penha e Alberto Jorge, continuará dispensando as melhores atenções á advocacia campinense, tanto que mesmo sabendo de tudo desde o início da gestão, inclusive da traição daquele que comanda Jairo Oliveira, já declarou que o cargo do vice da ESA continuará a ser ocupado pela advocacia campinense, o que demonstra que está disposto a trabalhar por Campina independentemente das agressões e traições.
Paulo, sou advogado, sou por Campina, sou pela Subseção e estou disposto a trabalhar pelo engrandecimento de sua Administração, que tenho convicção continuará a batalhar pela advocacia de Campina Grande.
Bruno Cézar Cadé
Vice-presidente da OAB-CG