
Sintem-JP quer discutir questões pedagógicas e concurso com o prefeito Luciano Cartaxo

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de João Pessoa (Sintem-JP) pretende discutir com o prefeito Luciano Cartaxo, e com a secretária de Educação do Município, Edilma da Costa Freire, em breve audiência, assuntos pedagógicos que estão próximos de serem evidenciados e definidos para o ano de 2019, a exemplo do número de alunos em sala de aula e da realização de concurso público.
“Defendemos, por exemplo, que a definição do número de alunos por sala de aula seja de acordo com o tamanho da escola e com o tipo e a modalidade de ensino”, declarou o presidente do Sintem, Daniel de Assis, acrescentando que a definição do número de alunos por sala de aula deve ser no mínimo igual ao do ano passado.
Nas escolas com problemas de estrutura física e dificuldades de aprendizagem, ele defende que seja reduzido o número de alunos para que os professores tenham condições de proporcionar um bom ensino e não sejam submetidos às doenças como o estresse e outras adquiridas em sala de aula.
Em relação à realização de concursos para professores na rede municipal de ensino de João Pessoa, Daniel afirmou que o Sintem fará um levantamento das necessidades de vagas efetivas para apresentar ao prefeito Luciano Cartaxo e pleitear a realização de um concurso em 2019 para o preenchimento das mesmas.
“A realização de concurso é uma reivindicação nossa. Nas primeiras discussões que teremos com o prefeito, precisamos ter apanhado da quantidade de vagas que existem para que possamos justificar nossa reivindicação”, comentou.
Balanço de 2018
Daniel de Assis disse que 2018 foi um ano de inquietações, com muitas agitações políticas e de discussão de direitos dos trabalhadores. “Como Sindicato, nos posicionamos a favor dos trabalhadores. Participamos de todas as mobilizações realizadas pela CUT e pela CNTE. Ativamente, rechaçamos as mudanças das leis trabalhistas. Tivemos importante participação em todas as lutas contrárias à Emenda Constitucional, 95 que congela investimentos na educação por 20 anos, o que é muito ruim e atrapalha a questão salarial do magistério”, lembrou.
No balanço de 2018, o presidente do Sintem ainda lembrou que a categoria participou de discussões importantes em relação do fim do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) em 2020. “Defendemos que o Fundeb seja substituído por um fundo mais qualificado”, disse.
Ele também assegurou que o Sintem não se calou diante das investidas da iniciativa privada nas escolas públicas por meio das Organizações Socais. “Além do mais, nossa posição, juntamente com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) é de defesa do ensino público e gratuito para todos”.
O presidente do Sintem acredita que o ano de 2019 será de muitas lutas em função da ameaça do novo governo de reduzir ainda mais os direitos trabalhistas e também em relação às discussões relacionadas à reforma da Previdência Social.
“Pensa-se em reforma trabalhista no sentido de reduzir ainda mais os direitos dos trabalhadores. Também estará em pauta a discussão do projeto escola sem partido. Precisamos estar atentos a essas discussões”, alertou.
Para Daniel, será importante que todas as categorias de trabalhadores estejam unidas para evitar que o Governo empurre tudo o que quer de goela abaixo. “Vamos precisar estar juntos das categorias. Sempre estivemos e vamos continuar a luta em defesa dos trabalhadores. Estaremos prontos para defender nossos direitos. Será a dinâmica para 2019”, frisou Daniel.